A alta de preços dos combustíveis no Brasil e a falta de
reajuste de tarifas estão levando os motoristas por aplicativo a desistirem da
profissão. Segundo os representantes da classe, não há aumento da remuneração
desde 2015.
Na época, o litro da gasolina custava em média R$ 3, de acordo
com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Atualmente, o combustível pode
ser encontrado por valores acima de R$ 7 no Brasil. Apenas em 2021, a alta
acumulada já chega a 51%.
A Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp)
afirma que, desde o início de 2020, 25% dos profissionais da capital paulista
deixaram de trabalhar para plataformas. A entidade diz que existiam 120 mil
motoristas cadastrados na prefeitura no
começo do ano passado; em agosto de 2021, o número baixou para 90 mil
profissionais.
Entre os mineiros, esse número é ainda maior. De acordo com o
Sindicato dos Condutores de Veículos que Utilizam Aplicativos do Estado de
Minas Gerais (Sicovapp), entre julho do ano passado e julho deste ano, 50% dos
profissionais abandonaram as plataformas ou deixaram de rodar com regularidade.
A empresa de mobilidade 99 anunciou
na última quinta-feira (19) que vai zerar a taxa de intermediação cobrada dos
motoristas em algumas viagens, em dias e horários específicos, durante os
próximos meses. A medida vale para todos os veículos cadastrados na plataforma,
exceto táxis.
A 99 anunciou, ainda, um subsídio chamado “corrida turbinada”.
Sem onerar o consumidor final, a companhia pretende oferecer, por determinado
tempo, um pacote de bônus aplicado à dinâmica de preço das viagens.
A Uber declarou
que o valor dos combustíveis “foge do controle” da empresa e explicou que
trabalha para ajudar os motoristas na redução dos gastos fixos. O app afirma
que oferece medidas de auxílio aos condutores, como desconto de 4% no preço do
combustível abastecido na rede de postos Ipiranga.
Fonte tecmundo