Relatório sobre o impacto da pandemia na Educação também mostra que o Brasil foi o último a abrir as escolas pré-primárias

A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta quinta-feira (16) um relatório sobre o impacto da pandemia de coronavírus na educação. No Brasil, o estudo destaca dois problemas, um mais antigo, a baixa remuneração dos professores brasileiros, e um mais recente: o Brasil foi o último país do grupo a abrir as escolas para as crianças da educação infantil. O estudo da OCDE aponta que o salário médio dos professores no Brasil é inferior ao das 37 nações do bloco e dos três países parceiros representados no levantamento. Em média, um docente brasileiro recebe R$ 131.407 (US$ 25.030) por ano no nível pré-primário, R$ 133.171 (US$ 25.366) no nível primário, R$ 135.135 (US$ 25.740) no nível secundário inferior geral e R$ 140.301 (US$ 26.724) no nível secundário superior geral. Entre os países da OCDE, as remunerações médias anuais dos professores eram de R$ 213.711 (US$ 40.707), R$ 239.856 (US$ 45.687), R$ 251.937 (US$ 47.988) e R$ 271.682 (US$ 51.749) no pré-primário, primário, secundário inferior e superior, respectivamente. Apesar de receberem os maiores salários, os profissionais de nível universitário no Brasil têm uma remuneração 48,4% inferior em relação à média mundial.

A questão salarial está relacionada ao baixo investimento em Educação e ao dilema entre aumentar os salários dos professores ou contratar mais profissionais para reduzir o tamanho das turmas. 

O Brasil tem diminuído o tamanho das turmas na educação básica, tanto no ensino fundamental como no médio. Entre 2013 e 2019, caiu de 23 para 20 alunos por turma no ensino fundamental e de 28 a 26 estudantes no ensino médio. Em 2019, o tamanho das classe já estava abaixo da média da OCDE:  21 no fundamental, mas acima da média no ensino médio, 23 alunos por sala. 

As mulheres dominam a profissão na educação básica, chegando a ocupar 88% das salas de aulas da educação infantil, mas estão mal representadas na educação superior, com apenas 46% dos postos de trabalho em 2019. 

Fonte r7