Pela primeira vez desde abril de 2020, destaca o instituto, o nível de
ocupação da população ativa supera a marca de 50%
O Brasil registrou no trimestre encerrado em julho uma taxa de
desemprego de 13,7% da população, um recuo em relação aos 14,1% apontados até o
fim de junho.
O resultado mostra que 14,1 milhões de brasileiros apareciam
como desocupados no fim do período (eram 14,4 milhões entre abril, maio e
junho).
Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua), divulgados nesta quinta-feira (30) pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado mostra que, no trimestre fechado em julho, houve uma
redução de 1 ponto percentual em relação ao três meses anteriores, fevereiro,
março e abril.
Segundo o IBGE, o recuo na taxa foi influenciado,
principalmente, pelo aumento no número de pessoas ocupadas: 89 milhões, com
mais 3,1 milhões empregadas nesse período. "Essa é a primeira vez, desde o
trimestre encerrado em abril de 2020, que o nível de ocupação fica acima de 50%
[50,2%, exatamente], o que indica que mais da metade da população em idade para
trabalhar está ocupada no país", diz a analista da pesquisa, Adriana
Beringuy.
Também avançou, como
havia mostrado ontem o Caged (Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, o número de
pessoas com carteira assinada. Segundo a Pnad Contínua, o país registrou um
aumento desse contingente em 3,5%, ou mais de 1 milhão de pessoas, totalizando
30,6 milhões no trimestre até julho.
Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, 1,2 milhão
de pessoas foram contratadas formalmente. É o primeiro aumento no emprego com
carteira desde janeiro de 2020, na comparação anual.
O trabalho por conta própria se manteve em alta e atingiu o
patamar recorde de 25,2 milhões de pessoas, uma elevação de 4,7%, com mais de
1,1 milhão de indivíduos.
O índice de 13,7% no número de desempregados havia
sido apontado pelo Ipea (Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada) no início desta semana.