Companhias de pequeno e médio porte dão sinais de
retomada com aumento de 4,5% nas vendas até agosto, mostra Mastercard
A pandemia
do novo coronavírus obrigou as empresas de
pequeno e médio porte a se reinventarem para atravessar a crise. De acordo com
um levantamento da Mastercard, o número de companhias brasileiras que fizeram a
migração para o ambiente digital cresceu 208% em 2020, na comparação com o
volume de movimentações de 2019.
Em todo o mundo, a inserção no meio online chegou a ser três
vezes maior do que nos níveis pré-pandêmicos e atingiu um pico em julho de 2020.
Segundo a Mastercard, a alta reflete o aumento da demanda por um canal de
vendas virtual, além do ligeiro atraso depois que os lockdowns foram adotados.
"A mudança para o digital abriu as portas para o lado bom
da pandemia: um ressurgimento do empreendedorismo e da inovação", afirma o
economista-chefe da Mastercard, Bricklin Dwyer. Agora, ele destaca que o
momento é propício para "oportunidades mais brilhantes" nos próximos
meses. Com a presença de 19 mercados econômicos, o relatório Recovery Insights:
Small Business Reset revela que as vendas das PMEs (Pequenas e Médias Empresas)
ficaram para trás das observadas nas empresas maiores em até 20 pontos
percentuais no pior momento da pandemia.
No entanto, os gastos das empresas de pequeno porte apresentaram
uma recuperação em 2021 com um aumento de 4,5% das vendas até agosto de 2021,
período em que as vendas no comércio eletrônico saltaram 31,4%.
De acordo com o estudo, a quantidade de novos pequenos varejos
em 2020 cresceu em um terço em relação ao resultado de 2019, e o número
foi quase oito vezes maior que o da criação de empresas de grande porte. A
tendência de abertura de novas PMEs em 2020 aconteceu em todo o mundo, com
destaque para o Reino Unido (+101%), Estados Unidos (+86%), Austrália (+73%),
Alemanha (+62%), Canadá (58%) e Brasil (+35%).