País
apresenta índice de 379,5 óbitos diários seis meses após o pico da doença,
quando o número superava 3 mil por dia
Em 19 de abril de 2021 o
Brasil registrou a maior média móvel de mortes em decorrência da Covid-19:
cerca de 3 mil óbitos diários. Nesta terça-feira (19), exatos seis meses após o
ápice, o Ministério da Saúde informa que a vacinação em massa contra a doença
surtiu efeito. Segundo a pasta, a queda no número de óbitos foi de quase 90%,
tendência que se acumula desde junho.
O boletim divulgado na
noite de ontem (18) mostra que a média móvel de mortes está em 379,5,
acompanhada pela queda expressiva também no número de novos casos da doença,
que é de 12,3 mil por dia.
“Nós temos um SUS
(Sistema Único de Saúde) forte, com mais de 38 mil salas de vacinação, capaz de
vacinar mais de 2 milhões de brasileiros e um governo extremamente preocupado
com a vida. Por isso, adquiriu mais de 550 milhões de doses de vacinas [contra
a] Covid-19, investiu bilhões com habilitação de leitos de unidades de terapia
intensiva (UTIs) e vacinou mais de 90% da população brasileira com a primeira
dose. Vacina é a saída para acabar com o caráter pandêmico da doença. Só assim
vamos retornar para o nosso normal”, afirmou em nota o ministro da Saúde,
Marcelo Queiroga.
Segundo Queiroga, o
sucesso da ampla campanha de vacinação deve se estender para 2022 com a compra
antecipada de 354 milhões de doses de vacinas aprovadas no país. O plano de
vacinação para 2022 foi apresentado no início do mês de outubro.
“Nós já temos assegurados mais de 300 milhões de
doses para vacinar a nossa população. É uma vacinação um pouco diferente do que
aconteceu em 2021, porque não é uma vacinação primária. Mas o mais importante
é: teremos doses de vacinas para todos”, declarou Queiroga.
O painel de vacinação do Ministério da Saúde mostra
que mais de 108 milhões de brasileiros já cumpriram integralmente o esquema
vacinal. Essa população corresponde a 68% do público-alvo da campanha do
Programa Nacional de Imunizações (PNI). A ferramenta informa, ainda, que 3,6
milhões de pessoas já tomaram a dose de reforço, recomendada para pessoas acima
de 60 anos, imunossuprimidos (aqueles cujos mecanismos normais de defesa contra
infecção estão comprometidos) e profissionais da saúde.