Dados do IBGE atribuem redução de 8,7% da população ocupada, para 84,7 mi, aos efeitos da pandemia no mercado de trabalho

A população ocupada no Brasil desabou 8,7% e passou a ser de 84,7 milhões em 2020, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se do menor contingente de trabalhadores da série histórica, iniciada em 2012, quando 86,7 milhões estavam no mercado de trabalho.

A redução do número de profissionais ocupados é citada pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgada nesta sexta-feira (19) como um dos fatores que derrubou a massa mensal de rendimento em 5,6% no ano passado, para R$ 207,4 bilhões.

De acordo com o estudo, a massa de rendimento teve movimento de expansão entre 2012 e 2014, com posterior queda entre 2015 e 2017 e recuperação de 6,3% entre 2017 e 2019, que foi interrompida em 2020 devido ao início da pandemia. Contudo, frente a 2012, a massa de rendimento registrou expansão de 5,5%.

Ainda assim, a saída de 8,1 milhões de pessoas do mercado de trabalho em 2020 fez o rendimento médio habitualmente recebido de todos os trabalhos apresentar um aumento de 3,4%.

Na percepção do IBGE, o dado pode indicar que aqueles que continuaram ocupados tinham rendimento do trabalho maior, puxando a média para cima. No entanto, pesou mais a redução da ocupação que o aumento de rendimento médio para explicar a queda da massa de rendimento no País.